TER UM CACHORRO...
...OU TER UM FILHO????
Não acho uma boa, prefiro ficar na dúvida.
Mais calma, calma,sempre á uma luz no fim do túnel...
Não é mesmo???
...OU TER UM FILHO????
Hoje meu grande amigo João Justiniano da Fonseca faz 90 anos de existência, que veio ao mundo para rechear nossas vidas de poesias, e nos trazer grande alegria e sabedoria para trilhamos o caminho certo. felicidades meu caro amigo.
Parabéns João, o Blog Ensaio por 3 presta esta homenagem a você meu amigo.
CUIDADOS
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Ontem visitei um avô de um amigo, sabia que amanhã ele fará 90 anos de idade, e viril como sempre, acabamos trocando e-mail, e hoje ao abrir minha caixa de e-mail, recebi essa mensagem dele, fiquei muito emocionado com o que li e, resolvi publicar aqui para todos saborearem...
Abraços
Ramon Morays
LULA (AQUELE QUE NÃO ENTENDE DE "BULUFAS" DE NADA!)
Pedro Lima
Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos. Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares].
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a previdência como queria FHC. Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta]. Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora. Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise. Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos].
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...].
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador; é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor - Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é autor da [maior] mudança geopolítica das Américas [na história].
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel. Lula, que não entende nada de nada; é bem melhor que todos os outros...!
Pedro Lima
Economista e professor de economia da UFRJ
Hoje faz 30 anos que perdemos um romancista, não daqueles que escrevem livros, mais daquele que viveu um romance em vida, casou-se varias vezes, segundo ele mesmo tentado encontra o amor. Escreveu centenas de sonetos, falou do amor na suas músicas e escreveu para crianças. Vinicius foi um gênio! E fez do rio sua casa e da Bahia sua rede de descanso. Homem das noites e da simplicidade, da vida e da boêmia!
Homenagem do blog Ensaio por 3
Todo mundo ficou triste com a derota do Brasil na copa do mundo, isso é fato, e muitos criticaram o Dunga, até uma colega minha colocou no seu twitter: Seleção brasileira: 1 Dunga, 11 sonecas e 192 milhões de zangado! Outro falou que futebol é que nem sexo, um dia você faz outro dia você leva! KKKK...
Mais o importante não é perder a cabeça e jogar melhor no próximo mundial, que por sua vez nós os "melhores" sediaremos e voltaremos com a esperança do hexa.
Abaixo para nos livrar-mos do tema da copa do mundo, segue uma crônica do artista plástico e publicitário Carlinio França, é uma das fantásticas Crônicas da Ribeira, que se tudo der certo se tornará livro em breve e ajudarei a prepará-lo.
Boa leitura a todos!
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Primeiro de abril de 1964
Na Praça General Justo, acordava-se como som de Altemar Dutra vindo da radiola do clube dos operários da Companhia de Navegação Bahiana. Ao longe o skyline de Plataforma ainda pouco habitada, os navios em reparos, o esqueleto do barco afundado à espera de nossas aventuras, a praça cheia de árvores com o surto de insetos à época apelidados de “lacerdinhas”... Depois as lotações, o ponto do ônibus elétrico e a feira...
Nos imensos passeios do Bairro, as famílias à tardinha armavam cadeiras de lona, tipo diretor, com listras coloridas ou então a novidade da época; cadeiras e poltronas de ferro com tiras de plástico, cinzeiros de pé enrolados com o mesmo material e até mesmo porta revistas repletas de Diário de Notícias, À tarde, Jornal da Bahia, O Cruzeiro ou Manchete. Ali o papo corria solto, comia-se bolo com guaraná Fratelli-Vita ou caçulinha, olhava-se as estrelas o luar, e se vigiava os casais de namorados que iam e viam de mão dada pelo passeio, ou fofocava-se sobre outros mais “libertinos” que se amassava na balaustrada que separava o largo do mar e do estaleiro.
Nesse clima toda a cidade baixa formava seu caldo cultural, desde o início do século, com as suas casas de veraneio construídas pela classe média com argamassa de óleo de baleia e pedras do mar.
Naqueles dias tarde e noites, o João Florêncio Gomes e O Pio XXII, viviam grande agitação promovida pelo movimento estudantil. Deveria ser gente ligada á Jec (Juventude Estudantil Católica), e como diziam na época outros perigosos comunistas.
E várias vezes víamos os estudantes em passeata ocuparem o largo da Ribeira ou passar em caminhadas com faixas, bandeiras, e megafone. Eu achava tudo bonito. Era animado e colorido
E tocam conversas sobre Mário Lima, o perigo vermelho, sobre o padre, provavelmente comunista da nossa paróquia, e os estudantes “cubanos”, “russos” e até “chineses” infiltrados nas escolas. Tia Eliete e tio Tomás relatavam a agitação dos estudantes também no Rio de Janeiro, que havia visitado há pouco!
Naquela tarde quase noite, passou uma passeata imensa, e eu achei linda! Tinha muitas faixas e bandeiras das escolas, da Une, do Brasil... Veio em sentido contrário às anteriores: do Rex para a Penha, indo provavelmente para os comícios. Mais tarde ouvimos explosões e pipocos. E Daduca, vizinha de porta comentava com Mãe Nitinha, são os estudantes agitando... De repente fez-se breu, luzes, apenas das estrelas, e em meio à penumbra dois milicos de roupa cáqui e aquele capacete branco com um raio do pelotão de choque, armados com metralhadoras ina, partiram furiosos em nossa direção.
Nem sei como entrei
Só recolhemos as cadeiras e os cinzeiros pela manhã.
Os jornais e revistas foram “sumidos”, e o nosso sono interrompido pelas marchas militares e o pronunciamento dos generais e hinos marciais. José Reinaldo de Carvalho deve ter vivido o mesmo ou até participado do movimento, prenunciando o seu futuro de resistente a ditadura e de um dos maiores quadros da esquerda brasileira, o Zé da Vila Anita, viria a ser exilado como Membro do CC do Partido Comunista do Brasil na Europa!
Durante muitos anos nossa rotina de reuniões no passeio ficou suspensa. Quebrou-se a magia da cidade baixa. Veio o medo do outro. O medo de tudo.
Para mim, que aos quatro anos vi, escutei e vivi a cena ficou marcada a tatuagem. O ódio aos militares e meu futuro como homem de esquerda nascia da supressão do prazer de compartilhar a liberdade de ir e vir e ver a vida em movimento.
Carlinio França