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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Juana Inés de la Cruz


San Miguel Nepantla, Estado do México, 1648 - 1695.
Ao recopilar-se em Madri, em 1689, sua Inundación Castálida,
foi consagrada como poetisa extraordinária.
- Mexicana, pai espanhol e mãe crioula, foi autodidata e aos 14 anos era já conhecida por seu saber e sua poesia.
Ingressou na Ordem Carmelita e depois na Ordem Jerônima. Defendeu como poucos os direitos da mulher.
Morreu de peste, contraída enquanto cuidava de suas irmãs religiosas.


Abaixo segue um dos seus famosos poema:

EM QUE SATISFAZ UM RECEIO
COM A RETÓRICA DO PRANTO

Esta tarde, meu bem, pois te falava
e no teu rosto e nos teus atos via
que com palavras não te persuadia,
que o coração me visses desejava;

e Amor, que meus intentos ajudava,
venceu o que impossível parecia:
pois entre o pranto meu, que a dor vertia,
o coração desfeito destilava.

Baste já de rigores, meu bem, baste;
não te atormentem mais zelos malsãos,
nem vil receio a calma te contraste

com sombras néscias, com indícios vãos,
que já em líquido humor viste e tocaste
meu coração desfeito em tuas mãos.

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