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quinta-feira, 17 de março de 2011

Entrevista com João Justiniano da Fonseca

O entrevistado desse mês é João Justiniano da Fonseca é poeta, ficcionista e escritor.

Blog Ensaio por 3- Qual o sentido da poesia?

João Justiniano- Sabe que eu nunca pensei para mim não há... Não existe sentido algum, simplesmente vem. (risos)

BE- Em muitos de seus poemas o senhor fala em algo divino, em uma força maior, em Deus. Resumindo o que seria Deus para você?

JJ- Hum... Hum... Eu não sei, é sobrenatural. O que eu sei é que às vezes eu não sou eu. Há momentos em que a gente sente uma força superior, e a poesia nos faz sentir isso.

BE- Qual (is) seus poeta (s) preferido (s).

JJ- Há são vários, adoro Casimiro de Abreu, Castro Alves. Mais meus primeiros autores a ser lido foram Machado de Assis, José Alencar. Desde moço eu comecei a ler e me encantar pela obra de Ruy Barbosa toda.

BE- O senhor nasceu em rodelas um pequeno município ao norte da Bahia. Quais as inspirações que você tira de lá?

JJ- Várias, as lembranças de minha infância, da minha mocidade, o Rio São Francisco. Toda aquela época que passou mais que ainda está no meu pensamento.

BE- Rodelas economicamente estar bem? Como anda a situação?

JJ- De uns tempos para cá melhorou, minha cidade ganhou uma renda boa com a venda de côco, são os chamados “dinheiro verde”. Ultimamente o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste ta ajudando os moradores locais.Antes era um sofrimento e tanto a CHESF antigamente expulsava os moradores de lá, eu por sinal, lutei muito contra isso.

BE- O senhor foi prefeito e vereador de Rodelas. Quais as contribuições deixadas para sua cidade do coração?

JJ- Foram muitas, o Luiz (Luiz Viana Filho) me chamou e disse: Você adora aquela cidade, né João? Eu sempre respondia sorrindo: Foi à única coisa que me restou foi amá-la. Eu fui na época o primeiro prefeito a construir e inaugurar uma biblioteca numa cidade no interior. Empolguei o governador, tanto que ele tinha o projeto de construir uma biblioteca em cada cidade da Bahia.

BE- Qual seu poema preferido escrito por você?

JJ- Não tem, não tem, adoro todos, mais sou ligado ao soneto. Adoro soneto! Todos meus poemas falam do passado, gosto do passado, meus poemas retratam o passado.

BE- Seu primeiro livro foi em 1960, já se vão mais de 50 anos de escrita. Qual a maior lição que o senhor tira disso?

JJ- Ainda não tirei, mais faço isso brincando.

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