Início

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Rio, a chuva, e eu na cama...

Amor confuso

Rosely Sayão*

A mãe de uma menina de 11 anos está muito preocupada com o namoro da filha, que já dura meses. É que a garota contou a ela que o relacionamento com o namorado, de 15 anos, está "esquentando". Essa mãe não sabe mais o que fazer porque já conversou com o casal, aconselhou, falou de todos os riscos de uma gravidez fora de hora. Mesmo assim, parece que eles não se dão conta da gravidade da situação, já que responderam a ela que "o que tiver de acontecer acontecerá".

Em outra ponta, a mãe de um jovem de 21 anos encontra-se em uma situação parecida. O filho é financeiramente autônomo e decidiu casar-se com sua namorada, que é a primeira garota com quem se relacionou.Essa mãe é contra a decisão do rapaz porque acha que ele deveria ter outras experiências amorosas e sexuais antes de se comprometer. Por causa desse conflito, mãe e filho estão com a relação bem desgastada.

Essas situações nos mostram que muitos pais estão confusos na relação que estabelecem com os filhos. Por isso pode ser bem interessante pensar sobre esse vínculo tão especial.

Os filhos não vêm ao mundo por vontade própria. Os pais -ou um deles- quiseram isso, mesmo que esse querer tenha sido repleto de contradições.Uma vez aqui, cabe aos pais, por causa do amor que a ele dedicam, formar o filho para que ele possa andar com suas próprias pernas, ser autônomo.

A questão fundamental no mundo contemporâneo talvez seja a de que o amor de muitos pais pelos filhos tornou-se a única coisa (ou pelo menos a mais importante) que conta nessa relação. E isso muda tudo na formação dos mais novos.

Quando uma criança pequena, à mercê de seus caprichos, quer ou não quer qualquer coisa, os pais cedem, mesmo sabendo em tese que não deveriam, porque o amor que sentem pelo filho não permite vê-lo sofrer. Mais crescido, mas criança ainda, ele quer se comportar como adulto, como a filha de nosso primeiro exemplo. Os pais cedem porque se sensibilizam com a situação e acabam por acreditar que as coisas são assim mesmo hoje em dia.

Já com o filho crescido e amadurecido, prestes a colocar o pé na vida adulta e pronto para assumir todos os ônus e bônus desse caminho, alguns pais hesitam em sair de cena porque isso significa ter de suportar o afastamento. O amor imenso que sentem acaba por aprisionar todos nesse laço.

Dessa maneira, o amor desses pais pelos filhos, como se configura e se materializa na atualidade, acaba impedindo que estes reconheçam sua intimidade já que os pais imiscuem-se nela; atrapalha o processo de construção de autonomia deles porque os pais ofertam conforto, em todos os sentidos, em troca de sua proximidade; permite às crianças que se comportem como adultos e a jovens adultos que vivam como crianças porque os pais não suportam a ideia de que seus filhos vivam fora dos contextos sociais do momento.

Será que o amor dos pais pelos filhos está fora de controle justamente porque as relações afetivas entre adultos se tornaram descartáveis e frágeis?

*Rosely Sayão- È psicóloga, escritora e escreve no jornal folha de são paulo.
http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/


______________________________________________________________

Me perguntaram o que eu acho bonito, respondi várias coisas, mais uma das coisas que me deixam com uma paz no meu intimo,e que acho lindo, é o pôr-do- sol na Bahia, mais especificamente na estrada do interior, como essa foto abaixo que eu fotografei...




___________________________________________________________________

Não tava fazendo nada, e resolvi ver uns livros velhos meu, e comecei a folhear-los, e encontrei um de augusto dos anjos, abaixo um poema lindo que retirei do livro e acho que tenho que compartilhar com vocês. Juntamente o vídeo do Lenine cantando 'paciência"

Augusto dos Anjos

Anseio


Que sou eu, neste ergástulo das vidas
Danadamente, a soluçar de dor?!
— Trinta triliões de células vencidas,
Nutrindo uma efeméride inferior.

Branda, entanto, a afagar tantas feridas,
A áurea mão taumitúrgica do Amor
Traça, nas minhas formas carcomidas,
A estrutura de um mundo superior!


Alta noite, esse mundo incoerente
Essa elementaríssima semente
Do que hei de ser, tenta transpor o Ideal...


Grita em meu grito, alarga-se em meu hausto,
E, ai! como eu sinto no esqueleto exausto
Não poder dar-lhe vida material!



_______________________________________________________________________________________

Soube a pouco que a Marina Silva é contra a transposição do velho Chico, e óbvio que ela vai usa esse tema a favorecimento da sua campanha para presidência.
Gosto da Marina, que não é a morena do Dorival caymmi. Apesar de ela ter escolhido mal seu vice. E escolheu? Sim o vice de marina será o presidente da Natura, o explorador da Amazônia, o explorador que pegar pessoas com dificuldades financeiras e os colocam para trabalhar em miséria na Amazônia para gastar milhões com propaganda no intervalo comercial da novela das oito. Enquanto os pobres coitados, que lá trabalham para conseguir a essência de seus cosméticos e ganham miséria, que nem se quer chega a ser um salário mínimo, e com carteira de trabalho assinada, mais que ultrapassam seu tempo limite de trabalho como manda a CLT.
Vamos esquecer um pouco a Marina, que não é morena, e falar sobre a tragédia do Rio de Janeiro - maldita chuva! – pelo menos o Rio tem um prefeito atuante que soube governa contra o caos que a cidade vivia naquele momento, chamar as autoridades responsáveis para poder viabilizar a cidade e evitar uma tragédia ainda maior ou pior do que houve. Por sinal aqui em salvador agora começa a chover. É tão lindo quando chove, o mar abraça os pingos de água, o ruim é para quem infelizmente morra nos morros, nas invasões e encostamentos, que sempre sofrem com a chuva. Por sinal deixe-me fechar a janela do quarto por que não quero dormir no molhado, pois não tenho canoa.

Abraços e até mais ver...

Por Ramon morays

0 comentários:

Postar um comentário